Já faz algum tempo que ouvimos falar sobre a adoção do cloud computing e vejo que, de fato, as companhias têm investido fortemente nesta tecnologia. Por mais que o tema venha sendo amplamente discutido, muitas dúvidas ainda permeiam os CIOs na hora de escolher a nuvem mais adequada para a sua operação.
Em meio a sopa de letrinhas que nos deparamos diariamente no meio tecnológico, não é à toa que existem inúmeras dúvidas quanto a adoção de uma cloud pública, privada ou híbrida. Aqui, gostaria de explorar um pouco mais sobre a opção híbrida, que, de acordo com o Gartner, até 2020 será a forma de cloud mais utilizada pelas companhias no mundo.
Segundo o Instituto, isso acontecerá já que esse modelo permite a entrega do melhor de cada cloud, seja em preço ou entrega técnica, tornando-se assim um ambiente viável para as empresas tirarem o máximo de proveito com o melhor custo que o cloud computing pode oferecer.
Aqui no Brasil, esse mercado ainda enfrenta alguns obstáculos pela falta de capacitação de profissionais e a dificuldade que algumas empresas encontram em mudar um sistema que, teoricamente, já funciona para outro mais novo.
Em resumo, a cloud híbrida (nuvem híbrida) surge quando há uma integração entre cloud privada e pública. Para entendermos melhor como cada uma delas opera, destaco que a cloud privada tem maior investimento e demanda de espaço dentro de uma empresa. Já a cloud pública, tem baixo custo ou é até mesmo gratuita dependendo da exigência, e o servidor fica em data center externo.
O que ocorre no mercado brasileiro é uma alta procura por cloud privada, já que esta possui uma arquitetura que interessa às companhias de médio a grande porte que decidiram investir em recurso computacional próprio, construindo assim uma cloud privada.
Porém, com o passar do tempo, esta opção começa a não atender a todas as demandas da empresa, já que os seus custos ficam elevados para que ela possa responder às necessidades crescentes da companhia.
Diante deste impasse é que as corporações iniciam o processo de migrar parte do seu workload para ambiente de cloud pública, reduzindo assim os seus custos e respondendo de forma mais ágil as demandas do negócio. Ao ter a mesma operação rodando em nuvens diferentes a integração entre elas pode se fazer necessária para uma jornada sustentada do uso do cloud computing.
A partir daí, é possível decidir em qual nuvem a companhia vai processar determinada informação e em qual será armazenado o seu banco de dados, a fim de extrair o máximo de recurso por ferramentas que permitem ter a utilização com ambientes distintos.
Mas para que a cloud híbrida funcione adequadamente, é necessário ter um painel para empregar uma interface que atenda ambas as tecnologias, que são ferramentas prontas com capacidade de gerência. Assim, o CIO poderá acompanhar simultaneamente ambas e, em qualquer oscilação que o sistema apresente, ele poderá calibrar qual nuvem receberá a maior demanda até o sistema normalizar, por exemplo.
Por essa versatilidade, acredito que a cloud híbrida será uma grande aposta das empresas em um curto espaço de tempo, já que no Brasil buscamos sempre a melhor performance por um custo cada vez mais atrativo, tendo em vista todas as mudanças econômicas que enfrentamos periodicamente.
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