Por Rodrigo Santos*
Do ponto de vista conceitual, adotar práticas DevOps é fomentar a colaboração entre as equipes de desenvolvimento e de operação. O que as empresas precisam entender é que esse movimento se reflete em uma grande mudança cultural, que vai ao encontro do objetivo de negócio e repercute em todas as áreas da companhia.
Se pensarmos, nas últimas décadas, o modelo das organizações tem sido baseado no conceito de estabilidade operacional, ou seja, um sistema criado para resistir às mudanças. Logo, tudo o que prega a cultura DevOps coloca à prova essa mentalidade, e muitas empresas tentam resistir. Outras, sem muito entendimento, criam projetos que tentam incorporar algumas ações dentro deste cenário disruptivo. Porém, não são bem sucedidas pois elas esquecem que o cerne disso é, o que podemos dizer, o momento da ‘virada de chave’ da gestão.
É claro que este modelo que permeou e ainda permeia as diretrizes e modelos de governança da área de TI refletem claramente na busca pela estabilidade e a resistência às mudanças. O grande desafio para os executivos é sustentar esses modelos rígidos em um mundo onde a instabilidade virou regra, onde tempo e adaptabilidade são essenciais para a sobrevivência empresarial.
Os métodos e práticas de TI estão sendo ajustados à velocidade das mudanças do cenário empresarial atual. As demandas que as áreas técnicas recebiam há alguns anos atrás estavam intimamente ligadas a indisponibilidade, contingência e missão crítica. Atualmente, os profissionais de TI são questionados a responder se estão preparados para enfrentar competidores que surgem inesperadamente e precisam compreender rápido que o sucesso do negócio está diretamente ligado à gestão dos sistemas.
Não há dúvida que a cabeça do gestor de TI tem que mudar e compreender muito mais sobre negócio do que lhe era exigido há alguns anos. Para isso, é fundamental que todos os envolvidos no desenvolvimento e sustentação dos sistemas rompam seus feudos para enxergar que o constante aprendizado sobre o negócio não é mais um diferencial e sim um ponto decisivo na sobrevivência e sustentabilidade da empresa.
* Rodrigo Santos é DevOps Engineer da Mandic Cloud Solutions.
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