Software open source não é construído, ele simplesmente… cresce. E hoje, o consórcio de blockchain Hyperledger anunciou que sua primeira solução open source pronta para produção para a desenvolvimento de aplicativos, a Fabric, acaba de concluir esse processo.
Mas mesmo antes do lançamento formal do Hyperledger Fabric 1.0, foram criadas centenas de provas de conceito. Com contribuições para a plataforma na construção de ledgers públicos compartilhados e distribuídos entre várias indústrias (provenientes de 159 engenheiros em 28 organizações), nenhuma empresa é “dona” da plataforma, que é hospedada pela Linux Foundation.
Entre os que estão diretamente envolvidos no projeto, o diretor executivo do grupo, Brian Behlendorf, indicou que a funcionalidade de produção trata de apenas um “download e alguns ajustes”.
Behlendorf disse ao CoinDesk:
“Não é tão fácil como entrar e atualizar. Mas a intenção é que, em qualquer lugar onde existam mudanças, essas mudanças serão justificadas”.
Uma vez que os usuários das versões anteriores do Fabric “baixarem” o novo código versão 1.0, como Behlendorf descreveu o processo, algumas mudanças na interface precisarão ser feitas e quaisquer alterações operadas no “Chaincode” sendo usadas a partir da versão anterior também precisarão ser modificadas.
Enquanto as mudanças na interface de programação de aplicativos (API) que integra o software de usuário do Fabric foram mínimas, Behlendorf sustenta que as melhorias serão notáveis.
Especificamente, ele destacou o melhor suporte para “canais privados” do Fabric, que permitem transações em um “subconjunto de cadeia mais amplo” com o mesmo grau de confiabilidade que a rede geral.
De acordo com Behlendorf, essas melhorias são fundamentais para fornecer diferentes graus de acesso à informação (como uma empresa de rastreamento que precisa provar a origem de um objeto para sua própria fonte), enquanto ainda protege o preço pago em uma transação comercial, por exemplo.
“Você ainda poderá fornecer provas dessas transações para a rede principal se precisar“, explicou. “Mas, pelo menos nesse canal privado, você pode obter a velocidade e a confidencialidade que só seriam possíveis com uma conexão direta“.
Mesmo antes do lançamento de hoje, muitas empresas já estavam construindo produtos cada vez mais maduros usando versões anteriores do Fabric.
Embora o número exato de projetos que utilizem o software de código aberto seja impossível de medir devido a uma falta intencional de rastreamento do software, Behledorf estima que o número está na casa das “altas centenas em poucos milhares“, com base no número de membros publicamente divulgados nos consórcios e empreendimentos.
Mas para dar uma ideia da diversidade de empresas que exploram a tecnologia, as contribuições para a base de código do Fabric foram feitas por engenheiros com empregos diários na Depositary Trust e Clearing Corporation (DTCC), Digital Asset Holdings, Fujitsu, GE, Hitachi, Huawei Technologies, State Street Bank e muitas outras, de acordo com o comunicado oficial.
Entre os cerca de 30 projetos monitorados no Hyperledger, estão os que incluem empresas como a Bolsa de Valores de Santiago, a Swift e o Grupo TMX.
Rob Palatnick, arquiteto-chefe de tecnologia do DTCC e um dos autores do Hyperledger, explicou em uma declaração por que sua empresa era uma “entusiasta” da tecnologia open source.
Palatnick disse:
“O lançamento do Hyperledger Fabric 1.0 é um marco significativo na evolução da tecnologia DLT corporativa e representa mais um passo em frente para tornar realidade a adoção da DLT em setores críticos”.
Enquanto o Fabric foi o primeiro projeto do Hyplerledger a ser incubado depois que sua base de código original foi doada ao Linux pela IBM e também o primeiro a ganhar status de ativo no início deste ano, está longe de ser a única oferta do consórcio.
Dos 145 membros, vários fizeram outras contribuições de código aberto para desenvolvimento futuro.
Behlendorf disse que a plataforma Indy, de identidade blockchain, completou sua migração da Sovrin Foundation, que originalmente a desenvolveu e que o “desenvolvimento está ganhando corpo“.
Além disso, os desenvolvedores do projeto Sawtooth, com contribuições da Intel, estão agora “trabalhando com” os desenvolvedores da Burrow “para que a máquina virtual ethereum funcione em cima do Sawtooth” como sua engine de contrato inteligente, acrescentou.
“Esse é o tipo de modularidade que gostaríamos de ver acontecer em nossos diferentes projetos“, disse Behlendorf, concluindo: “a colaboração entre essas coisas diferentes sugere um caminho futuro de uma arquitetura emergente saindo da caixa“.
Fonte: CoinDesk.com
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