Como mostram os dados da recente pesquisa da The New Stack, a adoção de containers é o catalisador mais importante da adoção da orquestração no desenvolvimento de software: cerca de 60% dos entrevistados que fizeram o deploy de containers em produção também têm usado o Kubernetes amplamente no ambiente de produção. Outros 19% dos entrevistados com grandes deploys de containers em produção estavam nos estágios iniciais da ampla adoção do Kubernetes. Enquanto isso, apenas 5% das empresas nas fases iniciais do deploy de containers em ambientes de produção usavam Kubernetes de forma ampla – enquanto 58% declarou estar se preparando para fazê-lo.
A maioria dos especialistas concorda que uma ferramenta de orquestração é essencial para o gerenciamento escalável de containers a longo prazo – e desenvolvimentos correspondentes no marketplace. “As próximas tendências na orquestração de containers estão focadas justamente na ampliação da adoção dessa abordagem”, afirma Alex Robinson, engenheiro de software da Cockroach Labs.
Este é um cenário em transformação muito rápida, e que está apenas começando a perceber seu potencial futuro. Neste post, Robinson e outros profissionais DevOps comentam a perspectiva sobre o que vem por aí na orquestração de containers, e claro, no próprio Kubernetes.
A orquestração de container passa para o mainstream
Nos encontramos em uma espécie de “abismo”, comum para a maioria das principais transformações tecnológicas, onde transitamos de passos cuidadosos na adoção precoce de ferramentas, ao mergulho no penhasco pelo uso comum delas. Isso criará uma nova demanda para requisitos básicos que facilitam a adoção geral dessas ferramentas DevOps, especialmente nas grandes empresas.
“A fase da corrida do ouro da inovação precoce desacelerou e deu lugar a um foco muito mais forte na estabilidade e usabilidade das aplicações”, diz Robinson. “Isso significa que veremos menos anúncios importantes de novos sistemas de orquestração e mais opções de segurança, ferramentas de gerenciamento e recursos que aprofundam a flexibilidade já inerente aos principais sistemas de orquestração”.
Redução da complexidade
Seguindo tendências, espere um esforço intensivo para diminuir a complexidade que algumas organizações enfrentam ao dar seu primeiro mergulho na orquestração de containers. Afinal, o deploy de 1 container pode ser “fácil”, mas o gerenciamento de containers a longo prazo exige mais cuidados.
“Hoje, a orquestração de container é muito complexa para que muitos usuários possam aproveitar plenamente seus benefícios”, afirma My Karlsson, desenvolvedor da Codemill AB. “Novos usuários muitas vezes têm dificuldades para obter configurações de um simples container executando isoladamente, especialmente quando os aplicativos não foram projetados originalmente para ele. Há muitas oportunidades para simplificar a orquestração de aplicações não triviais e tornar a tecnologia mais acessível para todos”, aposta ele.
Aumento do foco em nuvem híbrida e abordagem multi-nuvem
À medida que a adoção de containers e orquestração crescem, mais organizações irão escalar de um ponto de partida, por exemplo, executando cargas de trabalho não críticas em um único ambiente para casos de uso mais complexos em vários ambientes. Para muitas empresas, isso significa gerenciar aplicativos “conteinerizados” – e, de quebra, microsservices conteinerizados também – em ambientes híbridos de nuvem e multi-nuvem, geralmente em escala global.
“Ferramentas como containers e Kubernetes tornaram a portabilidade de aplicações e nuvem híbrida em realidade”, diz Brian Gracely, diretor da estratégia de produtos da OpenShift. “Combinado com o Open Service Broker, esperamos ver uma explosão de novas aplicações que combinam recursos de nuvem privada e pública”.
“Eu acredito que a federação terá um impulso enorme, habilitando recursos muito procurados, como implementações multi-região e deploys multi-nuvem”, acredita Carlos Sanchez, engenheiro sênior de software da CloudBees.
Consolidação contínua de plataformas e ferramentas
A consolidação da tecnologia é uma tendência comum, enquanto a orquestração de container não é uma exceção.
“À medida que os containers ganham destaque no mercado, os engenheiros de software têm consolidado um número muito pequeno de tecnologias para executar seus microserviços e containers, e o Kubernetes se tornará a plataforma dominante de orquestração de containers, superando inclusive as demais plataformas”, aposta Ben Newton, líder de analytics na Sumo Logic. “As empresas adotarão o Kubernetes a fim de conduzir uma abordagem neutra para a nuvem, uma vez que o Kubernetes fornece um caminho razoavelmente claro para reduzir a dependência de ecossistemas [específicos] de nuvem”.
E falando em Kubernetes, o que vem mais por aí?
“O Kubernetes chegou para ficar e se consolidar, e a comunidade em torno da tecnologia vem fazendo um excelente trabalho – mas há muito o que fazer ainda”, diz Gadi Naor, CTO e co-fundador da Alcide. Todos os especialistas consultados na pesquisa apontam para o crescimento massivo do uso do Kubernetes nos próximos anos. [leia as opiniões deles no post original, em inglês, aqui].
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