Não é de hoje que percebemos a necessidade de nos adaptarmos às mudanças. As coisas não são nem de longe estáveis como antigamente. Tudo muda o tempo todo, de uma forma muito rápida não seguindo uma direção certa. Temos diversos cenários possíveis onde não existe mais o certo ou o errado, apenas o risco que se torna ainda maior com a dúvida e a demora na tomada de decisão. O mundo atual é VUCA (um acrônimo que traduzido para o português significa Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo).
Provavelmente por esse motivo cada vez mais pessoas saem do conforto e da monotonia de algo fixo e buscam alternativas autônomas onde possam atuar diretamente com clientes e consumidores de um produto ou serviço oferecido. Esse segmento é vagamente conhecido como economia GIG e vem ganhando força a cada dia. O termo GIG se refere a um trabalho que é contratado sob demanda e as pessoas que se encaixam nessa categoria, em geral, são conhecidas como freelancers.
Em tese, um profissional autônomo não possui vínculo empregatício, podendo se comprometer e se envolver em diversos projetos ao mesmo tempo, pois tem a flexibilidade de negociar os prazos e entregas para cada uma das contratações que recebe. Neste contexto, não existe um local fixo para desempenhar o trabalho e outra grande vantagem é poder estar em qualquer lugar do mundo desde que se tenha a estrutura necessária para fazê-lo.
Um exemplo disso é o aplicativo Uber que permite que o profissional faça seu horário de acordo com a sua necessidade. Pensando dessa forma, muitas empresas e startups como a Uber vêm desenvolvendo produtos e serviços onde permitam que pessoas possam trabalhar dessa forma, agregando valor ao segmento. Já existem plataformas onde qualquer cliente, desde um pequeno empreendimento até uma consolidada corporação, pode de maneira simples criar uma infraestrutura segura, escalável e barata para sustentar seus serviços e aplicações em alta disponibilidade na nuvem.
Dessa forma, as empresas podem contar com a agilidade necessária para garantir que suas aplicações ganhem escalabilidade de acordo com o crescimento do negócio e aumento na demanda dos usuários. Essa e outras tecnologias ajudam no movimento natural que se dará nos próximos anos de consolidação da economia GIG. Toda essa transformação que vivenciamos é resultado de uma mudança na mentalidade e no jeito de fazer negócios das empresas.
Trabalhos sob demanda e uma rede de fornecedores no lugar de empregados, esse é o futuro das relações de trabalho. Penso que mais importante que seguir uma receita pronta, é nos preparar para essas novas possibilidades e reavaliar antigos modelos de gestão que, bem ou mal, cairão em desuso muito antes do que a gente imagina.13
Por Luiz Resende é Scrum Master da Mandic Cloud Solutions.
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