O Kubernetes (K8s) tem se tornado cada vez mais popular na comunidade DevOps no mundo todo, e não sem razão. Mas… será que essa ferramenta para orquestração de containers se manterá no centro de uma grande e crescente porcentagem da infraestrutura, do legado e da nuvem?
O artigo abaixo, de Neela Jacques, procura investigar esse e outros pontos que tornam a escolha pelo Kubernetes uma decisão pra lá de acertada no momento:
A beleza dos containers é que eles são baratos para executar e fáceis de operar. O certo é que, se começar a usá-los, em pouco tempo terá muitos deles. Não só muitos deles, mas também muitas mudanças entre cada um deles.
Muitos projetos de código aberto provêm de lindas/loucas ideias de um dev apaixonado pelo que faz, mas deixam muito trabalho inacabado antes de testar e comprovar a qualidade do que foi feito. Neste caso, semelhante ao MapReduce do Hadoop, o principal caso de uso e até mesmo a maioria dos principais elementos técnicos fundamentais do projeto foram provados, e estão em produção no Google há anos.
Como muitos “early adopters” de outras tecnologias de código aberto, os primeiros usuários de Kubernetes estão aproveitando para surfar na recém-descoberta onda. Mas, como no caso dos alpinistas que caminham em conjunto para chegarem ao cume da montanha, se você tropeçar, haverá alguém pronto para lhe dar uma mão. A Red Hat é a líder clara neste caso, com uma oferta impressionante no OpenShift. A empresa construiu uma oferta comercial sólida enquanto é também uma das principais contribuintes para o ecossistema (de acordo com o Google). Mas, se o OpenShift não é a sua, há várias outras organizações confiáveis também prontas para ajudar: Google Cloud, Amazon Web Services, Microsoft Azure, VMware e, praticamente, todos os principais operadores de infraestrutura que já possuam – ou estejam providenciando – suporte em nível superior para o Kubernetes.
Tão importante quanto a orquestração de container é, evidentemente, executar uma infraestrutura na nuvem. Hardware, sistema operacional, virtualização, armazenamento, rede, monitoramento, serviços… todos os processos e etapas representam o “dinheiro real” que os usuários do Kubernetes poderão gastar. Há uma corrida atualmente para convencer os usuários que a tecnologia X é a melhor “parceira” para uma implementação Kubernetes.
Nas primeiras fases de um projeto open source, muitas vezes uma determinada empresa acaba dominando a comunidade. Naturalmente, todos os outros se perguntam os motivos disso acontecer e lutam para também ter uma voz na comunidade. Muitas vezes, há um problema de monetização envolvido. Neste caso, os motivos do Google são bem claros: a forte adoção do Kubernetes é melhor para a plataforma de nuvem do Google do que outras opções (especialmente as VMs puras). E como isso ameaça poucos players no ecossistema, isso significa que há uma quantidade surpreendentemente baixa de disputas políticas e posicionamento no projeto em comparação com o que se poderia esperar. Esta é uma comunidade impressionantemente funcional em comparação com outros projetos.
O fato do Kubernetes fazer parte de um guarda-chuva maior (qual seja, o CNCF) também significa que novos projetos podem ser incubados fora do Kubernetes, porém na mesma família.
Fonte: opensource.com
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